“Freakonomics” é um popular
programa de rádio e podcast sobre economia. Seu apresentador, Stephen J.
Dubner, entrevistou esta semana três homens que conduziram um experimento
científico nas Filipinas: James Choi, professor de finanças da Universidade de Yale;
o economista Dean Karlan, presidente e fundador da Ação Inovadora contra a
Pobreza (IPA); e o pastor David Sutherland, presidente do Ministério
Internacional de Cuidado (ICM).
Choi e Karlan trabalham juntos na IPA. Eles relatam que decidiram
estudar o impacto real de um ministério cristão para descobrir se a religião
resulta em sucesso na vida das pessoas ou se é apenas uma coincidência.
Mas tiveram dificuldade em encontrar um ministério que aceitasse fazer
parte do experimento porque uma das exigências era que não poderiam pregar suas
crenças ao público-alvo, chamado de “grupo de controle”.
Contudo, o ICM decidiu aceitar porque viu uma oportunidade de descobrir
o quanto o que eles faziam realmente dava certo. Se a experiência indicasse o
contrário, Sutherland iria mudar seu programa para melhor atender às pessoas em
situação de pobreza.
Por uma questão de transparência, Karlan deixou claro que não é cristão
e que o experimento seria “estritamente científico”.
O grupo estudado foi de habitantes das Filipinas, que participariam de
um programa chamado Transform, ministrado por pastores locais e por obreiros
treinados da ICM. Normalmente, os participantes do programa reúnem-se semanalmente
e recebem aulas semanais de meia hora sobre religião/valores, economia e
treinamento em saúde.
O desafio era tentar descobrir se a religião era capaz de “melhorar a
condição econômica”. Eles acompanharam o experimento por amostragens durante
seis meses. E a comprovação veio, mostrando que havia uma correlação de causa e
efeito.
O Experimento
A ICM enviou 160 pastores filipinos locais para duas aldeias onde eles
não haviam ministrado antes. Cada pastor escolheu 30 famílias em cada uma das
aldeias, identificadas como sendo entre os mais pobres.
Aleatoriamente, os moradores tiveram aulas de um dos quatro níveis
diferentes do programa Transform. O primeiro grupo recebeu o “pacote completo”.
O segundo grupo teve apenas o treinamento de religião/valores do pastor local.
O terceiro grupo ouviu somente o treinamento em economia e saúde – sem
falar sobre religião. Esse grupo nem se encontrava em uma igreja como acontecia
com os outros grupos. O quarto grupo – o grupo de controle – não recebeu
treinamento algum. Eles falavam apenas sobre suas vidas e seus problemas.
“Queríamos que o estudo fosse sobre o efeito da religiosidade nos
resultados econômicos”, assegura Choi. “Acabamos trabalhando com 6.000
residências”, complementou Karlan.
Seis meses depois, os três pesquisadores voltaram para ver o que havia
mudado para as famílias e aldeias envolvidas.
Treinamento religioso aumentou a renda
A primeira questão a ser respondida é se o programa que ensinava
religião os tornava mais religiosos. Eles leram a Bíblia e foram mais à igreja?
A resposta foi um sonoro “sim”.
A segunda pergunta avaliada é como o aumento da religião na vida de
alguém afeta sua pobreza. “Apenas ser exposto ao currículo religioso aumentou a
renda em 9%, em relação ao grupo de controle”, apontou Choi, destacando que
“Isso é realmente muito perceptível, pois significava comida na mesa”.
Freakonomics é um programa de rádio secular, mas não ignorou como o
estudo comprovou que a fé em Deus gerou mais esperança e otimismo, além de
elevar o padrão da ética do trabalho.
Karland, que se declara agnóstico, disse que não entendia sobre o motivo
por trás das mudanças visíveis, mas admitiu: “Estou muito interessado em
entender melhor sobre essa esperança oferecida a eles”.
Fonte: Gospel Prime
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